Escrever sobre o que? Falar sobre o que? Dizer o que?

Muitas vezes quando chego perto do computador me coloco a pensar nisso para chegar até você e dar um ânimo novo ou ao menos tentar trazer algo novo e que possa ajudar a viver melhor.

Estamos vendo na impressa falada e televisiva esta loucura de mortes por “amor”... Engraçado que quase sempre envolvem crianças que nada têm a ver com os problemas e as loucuras “amorosas” e as mesmas que sofrem hoje, por vezes sem perceber, mas amanhã se encontrarão nos consultórios psiquiátricos ou nas cadeias por não terem sido amadas e educadas como manda uma boa índole.

Ouvimos falar de “amor-posse”, “amor-sexo”... Tantos nomes que se dão ao amor, mas não são o verdadeiro amor que faz o outro feliz e realizado. O amor perdeu sua verdadeira característica, perdeu sua definição. O amor foi banalizado.

Quantas vezes esta palavra tão pequena se perde no vazio de definições e não na veracidade de seu conteúdo?

O amor por amar se foi... O amor por tornar a pessoa amada bem melhor e feliz se perdeu por alguns minutos de prazer ou por conquistas fugazes e passageiras... É... O amor se foi e está se indo com a mesma velocidade do dia a dia.

Quantas loucuras amorosas, de um amor verdadeiro, deixamos de viver para fazer acontecer nosso bel prazer?

Quero lembrar o “amor-ágape” (amor irmão) (amor fraternidade)... Não digo aqui que o AMOR morreu, mas falo do verdadeiro amor... É lógico que existe quem ama e ama de verdade, mas tenho medo que nossas crianças e adolescentes, que já se acham prontas para amar, estejam vivendo esta “modernização” do amor e perdendo a essência deste sentimento tão verdadeiro. Tenho medo, confesso, ao ver pequenos seres que deveriam estar brincando e vivendo sua infância ou pré-juventude ou adolescência já “enroscados” nos bancos das praças ou mesmo diante de seus pais a se beijarem e fazerem outras coisas acelerando sua juventude e deixando que este tempo passe sem lembrar que não voltará mais.

Às vezes, em conversas com meus amigos, falo desta minha preocupação ao ver tanta banalização do amor e da aceleração de nossas crianças... Não que eu seja tradicionalista ou arcaico, mas me preocupo em pensar como será o amanhã destes que são o futuro de nossa sociedade.

“O amor não é amado” já disse um poeta... E vejo claramente que esta frase está se tornando verdadeira por falta de confiança em si mesmos, por buscas loucas de realização imediata... Sei lá por quais condições!

É... Precisamos começar a amar!

Nada de parar de tentar e de fazer acontecer este amor ou ao menos lutar por isso acontecer; nada de esmorecer!

Coragem você que é pai ou mãe e demonstre mais do que falar e acredite que seus gestos são mais eficazes que milhares de palavras.

Com um beijo de Deus, pelos lábios de Maria, em seu coração:

               Pe. Delair Cuerva.