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terça-feira, 30 de setembro de 2014

A última carta

Um amoroso pai de família, dias antes de ser hospitalizado, enviou, pela Internet, uma carta a seus filhos, com a seguinte mensagem: 

"Filhos amados. 

Quando as coisas estiverem difíceis, abram bem os olhos e busquem o céu. 

Vejam como é imenso. 

Olhem a natureza e percebam como ela é incrivelmente linda, em cada detalhe. 

Olhem as cidades, seus prédios, os carros, e notem tudo o que a vontade do homem já foi capaz de produzir. 

Sintam que cada um de vocês faz parte da criação de Deus. 

Que cada um integra a própria natureza. 

E que cada um também tem de construir e de alterar um pouco de sua própria cidade. 

Percebam que vocês, aqui e agora, fazem parte de uma sociedade que constrói um mundo novo. 

Apesar da sensação de pequenez diante da grandeza do universo, e embora, por vezes, vocês se sintam sozinhos e sem forças, na verdade, cada um é importante e necessário na sinfonia da vida. 

O amor e a alegria de vocês produzem uma energia única, capaz de transformar o meio em que vivem e as pessoas que os cercam. 

Cada um pode levar mais luz ao caminho que palmilha, por intermédio de seu sorriso e de seu trabalho.

E assim, pode iluminar outras vidas e enternecer outros seres. 

Não esperem que o mundo, que os outros façam algo por vocês. 

Respirem fundo e pensem: ‘o que eu posso fazer pelo mundo?’ 

O que posso fazer pelos outros? 

Nunca esqueçam que cada um colhe aquilo que plantou. 

Que os espinhos que hoje nos ferem as mãos são o resultado de uma semeadura equivocada do passado, próximo ou não. 

Se desejam uma estrada ladeada de flores, é preciso que elas sejam semeadas desde agora, por cada um de vocês. 

Acreditem: Deus está presente em tudo e em toda parte. 

Um dia a própria ciência humana, ainda tão limitada, será capaz de admitir e de comprovar essa valiosa verdade." 

Embora seu corpo físico não tenha resistido à doença que subitamente o atingiu, as palavras de amor e de fé daquele pai ainda ecoam no coração daqueles que o amam. 

Foi sua última carta. 


*** 

A fragilidade de nossa existência corpórea não nos permite ter certeza de que nossos olhos se abrirão na próxima manhã. 

Não sabemos quando será o nosso momento de partir para o outro plano da vida. 

Talvez ele tarde, talvez não. 

Quem sabe se as palavras que dissemos há pouco não foram as últimas desta existência? 

Como saber se o "até logo" com que nos despedimos de nossos amores, minutos atrás, não foi o último adeus que esta vida nos ofereceu? 

Por isso, despeça-se sempre com palavras de carinho e de otimismo. 

Aproveite todas as oportunidades que tiver para transmitir mensagens positivas a quem quer que seja. 

Dê bons exemplos e seja coerente em suas atitudes. 

Diga àqueles que lhe são caros, sempre que possível, o quanto os ama e como eles são importantes para você. 

Um dia, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, a partida será real e então, as lágrimas serão decorrentes da saudade e não do arrependimento pelas oportunidades desperdiçadas.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014


A arte de ouvir

Ela era uma senhora solitária, envolta no luto da dor, desde que o marido morrera. Vivia só, na grande casa do meio da quadra. Casa com varanda e cadeira de balanço. 

Todas as manhãs, o entregador de jornais, garoto de uns 10 anos, passava pedalando sua bicicleta e, num gesto bem planejado, atirava o jornal nos degraus da varanda. 

Nunca errava. Paff! Era o sinal característico do jornal caindo no segundo degrau. 

Então, numa manhã de inverno, quando se preparava para lançar o jornal, ele a viu. 

Parada nos degraus da varanda, de pé, acenando-lhe para que se aproximasse. 

Ele desceu da bicicleta e foi andando em direção a ela. O que será que ela quer? - Pensou o garoto. Será que vai reclamar de alguma coisa? 

Venha tomar um café, falou a senhora. Tenho biscoitos gostosos. 

Enquanto ele saboreava o lanche que lhe aquecia as entranhas, ela começou a falar. 

Falou a respeito do marido, de suas vidas, da sua saudade. Passado um quarto de hora, ele se levantou, agradeceu e saiu. No dia seguinte e no outro, a cena se repetiu. 

O menino decidiu falar a seu pai a respeito. Afinal, ele achava muito estranha aquela atitude. 

O pai, homem experiente, lhe disse: Filho, ouça apenas. A senhora Almeida deve estar se sentindo solitária, após a morte do marido. 

Deixe-a falar. Recordar os dias de felicidade vividos deve lhe fazer bem ao coração. É importante que alguém a ouça. 

Nos dias que se seguiram, nas semanas e nos meses, o garoto aprendeu a ouvir, demonstrando interesse em seus olhos verdes e espertos. 

Quando a primavera chegou, ela substituiu o café quentinho pelo suco de frutas. O verão trouxe sorvete.

Ao final, o entregador de jornais já iniciava sua tarefa pensando na parada obrigatória em casa da viúva. Habituou-se a escutar e escutar. Percebeu, com o tempo, que a velha senhora foi mudando o tom das conversas. 

Como a primavera, ela voltou a florir, nos meses que vieram depois. 

Quando o ano findou, o menino foi estudar em outra cidade. 

O tempo se encarregaria de lecionar mais esperança no coração da viúva e amadurecer ideias no cérebro jovem. 

Muitos fatores contribuíram para que o garoto e a viúva não tornassem a se encontrar. Contudo, uma lição o acompanhou por toda a vida. Ele nunca se esqueceu da importância de ouvir as pessoas, suas dificuldades, seus problemas, suas queixas. 


* * * 

Saber ouvir é uma virtude. De um modo geral, nos cumprimentamos, perguntando uns aos outros, como está a saúde e a dos familiares. 

Raramente esperamos por uma resposta que não seja a padrão: Tudo bem. 

Normalmente, se o outro passa a desfiar o rosário das suas dores e a problemática da família, nos desculpamos apontando as nossas obrigações e quefazeres. 

Entretanto, quando nos sentimos tristes, desejamos ardentemente que alguém nos ouça, que escute a cantilena das nossas mágoas. 

Pensemos nisso. Mas pensemos agora, enquanto ainda nos encontramos a caminho com nossos irmãos, na estrada terrena.


A amizade real


Um homem que amontoara sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversas famílias a se manterem com dignidade. 

Sentindo-se envelhecer, chamou o filho para instruí-lo na mesma estrada de bênçãos. 

Para começar, pediu ao moço que fosse até o lar de um amigo de muitos anos, a quem destinava 300 reais mensais. 

O jovem viajou alguns quilômetros e encontrou a casa indicada. Esperava encontrar um casebre em ruínas mas o que viu foi uma casa modesta, mas confortável. 

Flores alegravam o jardim e perfumavam o ambiente. O amigo de seu pai o recebeu com alegria. Depois de inteligente palestra, serviu-lhe um café gostoso. 

Apresentou-lhe os filhos que se envolviam num halo de saúde e contentamento. 

Reparando a fartura, o portador regressou ao lar sem entregar o dinheiro. 

Para quê? Aquele homem não era um pedinte. Não parecia ter problemas. E foi isso mesmo que disse ao velho pai, de retorno ao próprio lar. 

O pai, contudo, depois de ouvir com calma, retirou mais dinheiro do cofre, dobrou a quantia e disse ao filho: 

"Você fez muito bem em retornar sem nada entregar. Não sabia que o meu amigo estava com tantos compromissos. Volte à residência dele e em vez de trezentos, entregue-lhe seiscentos reais, em meu nome. De agora em diante, é o que lhe destinarei. A sua nova situação reclama recursos duplicados." 

O rapaz relutou. Aquela pessoa não estava em posição miserável. Seu lar tinha tanto conforto quanto o deles. 

"Alegro-me em saber", falou o velho pai. "Quem socorre o amigo apenas nos dias do infortúnio, pode exercer a piedade que humilha, em vez do amor que santifica. 

Quem espera o dia do sofrimento para prestar favor, poderá eventualmente encontrar silêncio e morte, perdendo a oportunidade de ser útil. 

Não devemos esperar que o irmão de jornada se converta em mendigo a fim de socorrê-lo. 

Isso representaria crueldade e dureza de nossa parte. 

Todos podem consolar a miséria e partilhar aflições. Raros aprendem a acentuar a alegria dos seres amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e nem inveja no coração. 

O amigo verdadeiro sabe fazer tudo isto. Volte pois e atenda ao meu conselho. 

Nunca desejei improvisar necessitados em torno da nossa porta e sim criar companheiros para sempre." 

Entendendo a preciosa lição, o rapaz foi e cumpriu tudo o que lhe havia determinado seu pai. 

* * * 

O verdadeiro amigo é aquele que sabe se alegrar com todas as conquistas. 

Se ampara na hora da dor e da luta, também sabe sorrir e partilhar alegrias. 

O amigo se faz presente nas datas significativas e deixa seu abraço como doação de si próprio ao outro. 

Incentiva sempre. Sabe calar e falar no momento oportuno. 

Pode estar muito distante, mas sua presença sempre perto. 

O verdadeiro amigo é uma bênção dos céus aos seres na Terra

terça-feira, 23 de setembro de 2014

niver de 25 anos de sacerdócio

Acreditar e agir

Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino. 

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro. 

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. 

O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. 

Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir. 

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. 

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. 

O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava. 

Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. 

Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. 

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem. 

Então, o barqueiro disse ao viajante: 

Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir. 

Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar. 

Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta. 

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré. 


* * * 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014


A Estrela do mar

Resultado de imagem para estrela do marEsta é a história de um poeta que morava numa praia tranquila, junto a uma colônia de pescadores. Todas as manhãs, ele passeava à beira-mar para buscar inspiração, e, à tarde, ficava em casa escrevendo. Um dia, caminhando pela praia, viu um vulto que parecia dançar. Era uma pessoa que apanhava algo na areia e jogava ao mar. Repetidas vezes.
Ele foi ao encontro dessa pessoa e ao aproximar-se, encontrou um menino pegando as estrelas do mar da areia e jogando-as, uma por uma, de volta ao oceano.
“Por que está fazendo isso?” - perguntou o escritor.
“Você não vê?” - disse o garoto – “a maré está baixa e o sol muito quente. Elas secarão com o calor, vão morrer se ficarem aqui.”
O escritor completou: “Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias neste mundo e milhões de estrelas do mar espalhadas por elas. Você joga umas poucas de volta ao oceano. Que diferença isso faz?”
O jovem sorriu, abaixou, pegou mais uma estrela da areia, jogou-a no mar, olhou dentro dos olhos do escritor e disse: “Para essa, faz toda a diferença.”
A partir desse dia, toda manhã é possível ver numa praia qualquer um jovem e um poeta arremessando estrelas de volta ao mar.

Não importa se o que estamos fazendo vai resolver todos os problemas do mundo. O que interessa é que façamos sempre o nosso melhor. Isto é fazer diferença!

1. Quando foi a última vez que você jogou estrelas ao mar? Alguém já lhe ajudou a jogá-las?
2. E quantas vezes você ajudou alguém a jogá-las?
3. Quantas vezes você parou de jogar estrelas de volta, porque alguém lhe disse que não adianta, não tem jeito mesmo?
4. Você já se sentiu como uma estrela do mar, lançada de volta ao mar, salva por alguém?
5. Você se lembrou de agradecer? Ainda há condições de agradecer? Façamos do nosso mundo um lugar melhor. Façamos a diferença!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

pai nosso


A alegria do trabalho

Um grande pesquisador da alma humana, interessado em estudar os sentimentos alimentados no íntimo de cada ser, resolveu iniciar sua busca junto àqueles que estavam em pleno exercício de suas profissões. 

Dirigiu-se, então, a um edifício em construção e ali permaneceu por algum tempo a observar cada um daqueles que, de uma forma ou de outra, faziam com que um amontoado de materiais fossem tomando forma de um arranha-céu. 

Depois de observar cuidadosamente, aproximou-se de um dos pedreiros que empurrava um carrinho de mão, cheio de pedras e lhe perguntou: 

Poderia me dizer o que está fazendo? 

O pedreiro, com acentuada irritação, devolveu-lhe outra pergunta: 

O senhor não está vendo que estou carregando pedras? 

O pesquisador andou mais alguns metros e inquiriu a outro trabalhador que, como o anterior, também empurrava um carrinho repleto de pedras: 

Posso saber o que você está fazendo? 

O interpelado respondeu com presteza: 

Estou trabalhando, afinal, preciso prover meu próprio sustento e da minha família. 

Mais alguns passos e o estudioso acercou-se de outro trabalhador e lhe fez a mesma pergunta. 

O funcionário soltou cuidadosamente o carrinho de pedras no chão, levantou os olhos para contemplar o edifício que já contava com vários pisos e, com brilho no olhar, que refletia seu entusiasmo, falou: 

Ah, meu amigo! eu estou ajudando a construir este majestoso edifício! 

* * * 

Neste relato singelo, encontramos motivos de profundas reflexões acerca do trabalho. 

Em primeiro lugar, devemos entender que o trabalho não é castigo: é bênção. Deve, por isso mesmo, ser executado com prazer. 

E o meio de conseguirmos isso consiste em reduzir o quanto possível o cunho egoístico de que o mesmo se reveste em nosso meio. 

O trabalho é lei da natureza, mediante a qual o homem forja o próprio progresso, desenvolvendo as possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de preservação da vida. 

Desde as imperiosas necessidades de comer e beber, defender-se das intempéries até os processos de garantia e preservação da espécie, o homem se vê compelido à obediência à Lei do trabalho. 

O trabalho, no entanto, não se restringe apenas ao esforço de ordem material, física mas, também, intelectual, pelo labor desenvolvido, objetivando as manifestações da cultura, do conhecimento, da arte, da ciência. 

Dessa forma, meditemos no valor do trabalho, ainda que tenhamos que enfrentar tantas vezes um superior mal humorado, um subalterno relapso, porque as Leis Divinas nos situam exatamente onde necessitamos. No lugar certo, com as pessoas certas, no momento exato. 

Convém que observemos a natureza e busquemos imitá-la, florescendo e produzindo frutos onde Deus nos plantou. 

E, se alguém nos perguntar o que estamos fazendo, pensemos bem antes de responder, pois da nossa resposta depende a avaliação que as leis maiores farão de nós. 

Será que estamos trabalhando com o objetivo de enriquecer somente os bolsos, ou pensamos em enriquecer também o cérebro e o coração?