LIBERTAR-SE...
Quero pensar com você hoje sobre a
Campanha da Fraternidade que a Igreja católica lançou para pensarmos mais nas
coisas modernas e que afligem nossa sociedade... Neste ano a Campanha ressalta
o combate ao tráfico humano onde as pessoas são escravizadas e perdem seu
direito de ir e vir que é não só constitucional, mas também divino, já que
fomos criados livres... Tão livres que o Senhor nos deu o livre arbítrio.
Se pararmos a analisar os
percentuais de escravidão que existem em nossos dias ficaremos alarmados
tamanho o número de pessoas que são arrancadas de seus meios e escravizadas,
seja por trabalho escravo pelo mundo ou nas avenidas e praças onde são
obrigados a se prostituírem para sobreviver.
Nós, seja Igreja ou não, não podemos
nos calar mediante tamanhas torturas que ainda existem hoje em dia e temos que
lutar por um bem maior, seja no âmbito religioso ou social... Não podemos nos
calar vendo tamanhas aberrações cometidas contra seres humanos arrancados por
vezes do colo de suas mães e jogadas para angariar mais e mais riquezas...
Minha pergunta é: Será que estas pessoas; estes algozes não têm medo da ira
divina e não sabem que a vida é efêmera e pode acabar a qualquer lugar e que o
mundo é redondo e ora estamos em cima, mas podemos estar por baixo um dia e que
o “feitiço pode virar contra o feiticeiro”?
Será que não temos o dever de bradar
em alto e bom tom que a vida não pode ser tirada e que ninguém é dono de
ninguém e não podemos usar desta ou daquela pessoa para nosso “bel-prazer”?
Creio que devemos parar com tamanhas
discussões que não levam a nada e irmos à luta por fazer um mundo mais moderno
no que tange à vida e não à morte com as ideologias baratas que por vezes apregoamos
usando nossos microfones ou escritas ou mesmo familiares onde não se ensina a
vida conquistada com o labor de nossas mãos, mas sim adquiridas por
efemeridades que passam e que não levam a pessoa humana a crescer e saber-se
passageira.
Temos sim que libertar o mundo das
prisões, correntes e tráficos pelo mundo e também pensar no tráfico que
acometemos os que nos circundam pois da primeira célula se pode atingir a
totalidade do ser... Por vezes traficamos em casa onde deixamos de lado certas
arestas crescerem e que destroem o ser humano... Quais? Cada um e cada casa
deve descobrir quais são estas arestas que destroem a vida e escravizam as
pessoas que os circundam seja em nome do amor ou do terror que assola nossos
corações ditos modernos e revolucionários... Será que não aprisionamos ninguém
em nosso “mundinho” supremo e absoluto?
Que no decorrer da quaresma pensemos
nisso sim, mas não fiquemos no mundo dos pensamentos mas partamos às ações tão
necessárias para a libertação dos tráficos humanos que ocorrem não só (com
enojamento) nas esferas sociais, mas também dentro de nossas casas...
Com um beijo de Jesus, que quer
nossa total libertação, pelos lábios de Maria, que nos ensina a sermos livres
dando uma resposta ao convite do Senhor e não se sentindo obrigada a fazê-lo e
nos braços do querido José que soube entender que valia a pena servir com
liberdade em seu coração...
Eu...
Pe. Delair Sebastião Cuerva, fmdp
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