Mensagem do Pe.Delair

Como não notar as coisas que nos acontecem a cada instante da vida?

Como não escrever sobre encontros e desencontros inevitáveis?

É... Temos que acordar diante das coisas do dia a dia... Temos que dizer sim ao que é positivo e não ao que é negativo... Não podemos nos abster daquilo que somente nós temos por fazer...


Coloquei-me a lembrar daquele senhor da UNESP que parecia inconsciente mas que, ao me ouvir dizer que estava ali para orar para que ele tivesse forças, deixou uma lágrima escorrer pelo seu rosto enrugado, mas feliz.


Como não se lembrar do “Seu” Júlio que juntou as mãos em prece ao cruzar sobre si o sinal sagrado da Santa Cruz e fazer sua prece silenciosa e amorosa a Deus para que pudesse vencer todo mal que lhe afligia?


É... Como sempre digo: abençoado Dom Maurício que me permitiu estar presente naqueles corredores como Capelão para aprender a mais amar e saber que não devo ficar de braços cruzados quando existe tanta gente sofrendo e passando momentos árduos de dor e doenças e que têm a disposição das “Magalis”, “Pedros e Katiuças” e outros mais santos que não estão nos altares, mas estão no pódio de quem ama e vence por amor.


Coloco-me sempre a pensar quando volto sozinho daquele hospital naquilo que posso e devo fazer diante daquilo que o povo santo se coloca a falar quando vem conversar comigo e reclamam da vida ou da própria sorte e o que mais me vem ao pensamento é que se deve olhar ao derredor e pensar o que estou fazendo e o que estou desfazendo para que este mundo seja um espaço de realizações e não somente de auto-realizações.


Nosso mundo caminha de uma forma absurda atrás de dinheiro e realizações pessoais perdidas no devaneio de ter e de poder quando deveria estar aberto a entender que se pode ter o poder de transformar e renovar a face desta terra somente com as mãos estendidas e abertas.


Gosto da frase que diz que o mundo está correndo rápido demais, pois assim posso parar para pensar naquelas coisas que eu deveria fazer ou ter feito para não correr o risco de perder tempo com minhas atuações fracas para fazer-se feliz e esquecer de estar fazendo outros mais felizes ainda.


Muitas vezes precisamos de um “chacoalhão” para despertar... Precisamos despertar o quanto antes para perceber que não estamos nesta terra por estar, mas devemos estar para fazer acontecer algo novo a cada dia para não ter a idéia que caímos no comodismo.


Pense comigo: posso ser feliz?

Posso realizar-me?

As respostas serão: SIM! SIM! E SIM!

Tudo depende somente de nós.

Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria, em seu coração:

Pe. Delair Cuerva.