Quero lembrar nesta semana e pensar com você sobre uma criança que vimos na TV Século 21 com câncer e de máscara para não adquirir vírus que possam destruir mais seus anticorpos e que possam lhe fazer mal...Quero pensar sobre o valor que damos à vida... O valor que damos às coisas que temos hoje não aquelas que possamos adquirir...
Quero pensar no valor do ontem para que o hoje seja melhor e que o amanhã seja embasado em nossas ações cotidianas.
Quero somente sonhar com um mundo em que não haja crianças tendo que esconder seus rostos por detrás de tantas dores e máscaras de algo que lhe afaste de sua espontaneidade e tranqüilidade infantil.
Quero... Quero... Quero... Mas minha pergunta vem de encontro com o que faço para que meu querer seja de luta e de sonhos que se realizam dia a dia mediante minhas ações do hoje.
Muitas vezes queremos as coisas, mas não fazemos por merecer o nosso intento.
Muitas vezes ficamos de braços cruzados esperando que os céus resolvam aquilo que cabe a nós resolver e ainda achamos ruim que Deus não nos ajudou ou não fez por nós aquilo que caberia aos nossos atos e não a Ele.
É tão fácil jogar as coisas nas costas dos outros, mesmo este “outro” sendo Deus. É mais cômodo e mais fácil tirarmos nosso time de campo para depois reclamar e murmurar que não fiz o que deveria porque alguém não o fez...
Tudo que imaginei ao olhar para aquele pequeno ser na TV me veio cobrar uma atitude... Isso para lembrar que não podemos deixar para os outros fazerem aquilo que cabe a nós; pois, como costumo dizer: aquilo que cabe a nós fazer somente nós podemos fazer! Eis porque não podemos nos dar o “direito” de achar que já fizemos tudo ao nosso alcance. Eis porque ainda estamos aqui... Se o mundo não precisasse de nós nossa existência seria apenas mais um erro da natureza...
Bem sei que suas delongas viriam a me dizer que eu não sei o que você sofre e o que você passa e não sei mesmo; mas sei de uma coisa: estamos e fomos semeados aqui para fazer germinar algo e que este algo seja de bom e de produtivo e não apenas mais uma semente lançada ao ocaso da existência funesta e nefasta que a vida nos possa ofertar.
Aquele garoto me fez ver a ânsia da vida que nem ele sabe que tem.
Aquele garoto me fez lembrar que ainda se pode sonhar, mesmo que seja de máscara no rosto.
Aquele garoto me fez lembrar de minha infância perto do lixão de Vila Ema na capital paulista quando, sem me preocupar com minha saúde, só pensava em aproveitar cada minuto à procura de um brinquedo, mesmo que fosse quebrado.
É... Aquele garoto me fez voltar à tona o tom que devo dar à minha vida... E as lágrimas daquela mãe me fizeram lembrar as lágrimas de tantas mães que vêem seus filhos sem a alegria estampada nos olhos e que se afundam na droga ou nas bebidas ou até nos bueiros buscados para livrar-se dos entraves que nós mesmo criamos (tal e qual aqueles traficantes que fugiram pelos bueiros do complexo do alemão).
É... Precisamos fazer a MALHAÇÃO de nosso ARAGUAIA que nos afunda e parar com o TI TI TI que criamos e fomentamos para enfim encontrar a PASSIONE de viver e viver bem!
Mas tenho uma receita: Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria, em seu santo coração, você conseguirá na força e coragem de São José.
Seu amigo da luta:
Pe. Delair Cuerva.
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