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domingo, 24 de janeiro de 2010

Ainda dá tempo:



Muitos estão falando do Haiti... E acho bom, pois assim se mostra que não somos donos do mundo e nem da natureza... Muito menos de nossa vida.
Eu prefiro falar dos “Haitis” de nosso Brasil; Haiti de fome, de miséria e de falta de amor amedrontados pelos terremotos que avassalam nossa terra.
Procurando na internet (ela também serve para formar e informar e não só para “outras coisas”) encontrei o que se diz do terremoto: “É um movimento brusco e repentino do terreno resultante de um falhamento. Portanto, a ruptura da rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido”, e, ainda mais: “Entretanto, terremotos podem ser também ocasionados por atividades vulcânicas ou pela própria ação do homem que, neste caso, recebe a denominação de sismos induzidos.”
Se pararmos para pensar veremos o que estamos fazendo com nossa terra; das terras que conheço a mais linda e a mais feliz; mas destroçada pela ganância, pela falta de zelo e pelo querer ter mais.
Como podemos não querer enchentes e micro terremotos se não cuidamos da beleza natural que Deus nos cumulou nesta terra verde, amarela, azul e branca?
Tem um velho ditado que me disseram e jamais esqueço: “Deus perdoa sempre, o homem às vezes, mas a natureza nunca”.
Mm nossa região impressiona-me ver nosso maior rio e o único que faz o caminho contrário (indo da serra do mar para o interior) todo “detonado”. Ver o que fazemos com aquele que deveria ser nosso cartão postal.
São garrafas pets, papel, pneus, plástico e até poltronas e carcaças de carros. São coisas absurdas que fazemos e que depois não queremos que a natureza nos devolva.
Tomemos mais cuidado com este patrimônio dado por Deus a nós se não quisermos depois sofrer as conseqüências de corrermos atrás do prejuízo. Que aprendamos noções básicas de amor à terra, a nós mesmos e a nossos filhos e netos. Se quisermos algo de bom e saudável para amanhã, aprendamos a cuidar do hoje.
Bem sei que você está querendo uma palavra de ânimo... Então aqui vai: aprendamos mais e mais a fazer valer nossa vida aqui e deixaremos algo maravilhoso como fez Zilda Arns ao entregar sua própria vida para ajudar vidas.
Aprendamos com aquele exemplo que Monsenhor Edmilson José (vigário geral da Arquidiocese Sant’Ana de Botucatu) disse dia 21 de janeiro em Águas de Santa Bárbara da mulher que ao sair do soterramento no Haiti (depois de sete dias) saiu cantando e louvando a Deus ou como uma imagem que não me sai da cabeça de uma criança sendo resgatada e ao perceber que estava viva e entre seres humanos abriu seus bracinhos e olhou para o céu como quem louva o dono da vida. Saiamos de nossos terremotos do dia a dia assim! Saiamos de nossos desmoronamentos assim! Saiamos de nossos temores e terrores assim!
Não tenhamos medo de bradar ao mundo aquilo e em quem nós cremos, mas por atos e não por palavras que o vento carrega. Façamos a diferença!
Acho lindo nosso gesto de brasileiros que sempre abrimos nossas bolsas e bolsos a ajudar quem sofre, seja onde for, mas temos também que aprender a abrir nossa mente a entender que podemos evitar o pior e, para isso, basta estarmos atentos àquilo que acontece ao nosso redor e não deixemos para agir somente depois que aconteçam as coisas ruins da vida.
É... A coisa pode ser melhor... Depende de mim e de você!

Com um beijo de Deus, pelos lábios de Maria, em seu coração:


Pe. Delair Cuerva.
ASFA (Associação Sagrada família)
FMDP (Fraternidade Missionária da Divina Providência)

Um comentário:

Brigida disse...

Padre Delair,
Muito obrigada pela matéria :"ainda dá tempo...".
Maravilhosa!
Deus lhe pague.